Mergulhão-pequeno – Tachybaptus ruficollis


Fotografia de Jorge Rodrigues

Ordem: Ciconiiformes
Família: Podicipedidae
Género: Tachybaptus
Espécie: Tachybaptus ruficollis

Este pequeno mergulhão é um nidificante comum em Portugal, surgindo durante o Inverno em vários locais onde não nidifica. Geralmente, frequenta rios e ribeiros, estuários, lagoas, barragens, açudes e mesmo estações de tratamento de águas residuais (ETARs).
No Baixo Alentejo possui uma distribuição alargada, tendo sido observados alguns indivíduos na barragem de Santa Clara.

Descrição/Morfologia Geral: Como o próprio nome indica, é o mais pequeno dos mergulhões, imediatamente identificável pela sua cabeça de forma arredondada e pelo seu pequeno bico de cor pálida. O pescoço é curto, o corpo atarracado e a traseira levantada, tipo “pompom”.
A coloração é castanha, em tons de avelã e mel em praticamente todo o corpo e muito escura no dorso.

Dimensões e peso: Comprimento: 25 a 29 cm. Envergadura: 40 a 45 cm. Peso: 100 a 200 g.

Alimentação: É o menos piscícola de todos os mergulhões; é capaz de encontrar em pequenas plantas aquáticas, larvas de insectos e invertebrados aquáticos a quantidade de alimento suficiente para satisfazer o seu apetite, inclusive na época da reprodução. Mergulha incessantemente na busca de moluscos e crustáceos, que são a base da sua dieta, ficando muito pouco tempo à superfície.

Distribuição/Habitat: O mergulhão-pequeno prefere as águas lentas e calmas. Por essa razão, é vulgar encontrá-lo em pequenas zonas alagadas, como charcos e valas de rega. Durante a época de reprodução, procura zonas alagadas com abundante vegetação nas margens, o que lhe permite dissimular o seu ninho. Inverna em lagos com pouca vegetação, albufeiras e zonas abrigadas do Litoral.

Actividades/Hábitos: É uma espécie residente, de difícil observação devido ao seu carácter discreto e selvagem. Tímido, refugia-se em juncais e caniçais durante longos períodos de tempo. Passa a maior parte do tempo em terra e é raro observá-lo em voo.

Os seus chamamentos são agudos e metálicos, com crescendos e decrescendos. Não vocaliza no Inverno.

Reprodução: Como a maioria dos mergulhões, constrói o seu ninho flutuante com plantas aquáticas, caules e caniços, amarrados a arbustos à superfície da água. A fêmea faz a postura de 5 a 6 ovos, entre Abril e Julho. A incubação, cuja duração é de de 20 a 27 dias, é assegurada por ambos os progenitores. Uma segunda postura, ou uma postura de substituição, pode ser realizada nos princípios do mês de Agosto.

As crias abandonam o ninho logo após a eclosão, acompanhando os seus progenitores nos passeios quotidianos, refugiando-se, muitas vezes, no dorso destes. São autónomas a partir do mês e meio; por esta altura, começam também a ser capazes de voar.

Longevidade: 13 anos.


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